A powerful mechanism to "legitimize" a cause is to become the cause a victim. Whoever thinks a cause needs to ally to the power to gaining strength is wrong. Rather, it seems that the more we consider a cause like a victim, the more popular it becomes. No doubt there is a call to defend the oppressed. Therefore, proponents of ideologies, religions and causes in general love to feel themselves victims. Launch for the crowds that there is an enemy oppressor. If you are successful in that, you will get all popularity you want. But, this mechanism has two great evils: The first evil is that people will be led to believe that something is good just because it is persecuted. The second evil is that innocent people or cultural values will be appointed as oppressors. Their only crime was to think differently. Hitler, for example, garnered sympathy to the Nazis saying the Jews were Germany oppressors. This concept of victim and cries for justice actually creates a trail of hate and labels: reactionary capitalists, communist subversives, proud atheists, ignorant religious, Palestinians terrorists, Western infidels, Muslims intolerant… It is a huge list of labels created and placed on the unfortunate who belong to the target category. Whether they are oppressors or not, it’s another story. We are tired of that. We have enough victim arguments. The value of a person or movement should be evaluated in itself, not because it is the victim. The victimization of a single movement is no reason for someone to sympathize with him. The way to deal with people or movements that pose as victims can’t be to give them our unconditional sympathy. (I said “unconditional”). We just have to end this story that there is nobility in being a victim. Being a victim does not define the character of a person. Be oppressive sets a person’s character, but be a victim doesn’t. If a guy is oppressive, the guy sucks, but if a guy is a victim, it means nothing. Anyone or any cause, good or bad, may be being persecuted and having their rights curtailed ... Torture under the Latin America dictatorship was a reality, but how many people at that time adhered to Marxism just for that? I think it is true the saying: "blood of martyrs is seed”, but is also true the saying: “To know a person, we must give her power”. It wasn’t in the tortures cameras the Marxism has been tried, but in places where he took power. We judge a person character when she is in charge of power, not when she is in suffering times. We must not confuse "rejection of oppression" with "adherence to the values of the victims." It is detestable to see the status of "victim" or "persecution" to be an instrument for promotion. Unfortunately, there are so much of this kind of stuff... Roberto Carlos Trannin.
Um mecanismo poderoso para "legitimar" uma causa é transformá-la em vítima. Quem pensa que para uma causa ganhar força precisa se aliar ao poder, engana-se. Ao contrário, parece que quanto mais uma causa for vítima, mais popular ela fica. Sem dúvida há um apelo em defender o oprimido. Por isso, os defensores de ideologias, religiões e causas em geral adoram sentirem-se vítimas. Lance para as multidões que há um inimigo opressor. Se você for bem sucedido, você conseguirá todo a popularidade que quiser. Esse mecanismo tem dois grandes males: O primeiro mal é que as pessoas serão levadas a acreditar que uma coisa é boa só porque é perseguida. O segundo mal é que outras pessoas inocentes ou valores culturais diferentes serão apontados como opressores. Pessoas cujo único crime foi pensar diferente. Hitler, por exemplo, angariou simpatia ao nazismo dizendo que os judeus eram opressores da Alemanha.
Esse conceito de vítima e de clamor por justiça na verdade cria um rastro de ódio e rótulos: capitalistas reacionários, comunistas subversivos, ateus orgulhosos, religiosos ignorantes, palestinos terroristas, ocidentais infiéis, muçulmanos intolerantes... enfim, é uma gigantesca a lista de rótulos colocada sobre os infelizes cujo único crime foi pertencer a uma categoria visada. Se são opressores ou não, isso é outra história, mas...Estamos cansados desse papo de vítima. Até quando tentar ganhar uma causa com a história da perseguição? O valor de uma pessoa ou movimento deve ser avaliado em si mesmo, não porque ele é vítima. A simples vitimização de um movimento não é motivo para alguém simpatizar-se com ele. A maneira de lidar com pessoas ou movimentos que se colocam como vítimas, não é dar nosso apoio e simpatia incondicional (eu escrevi "incondicinal"). Apenas temos que acabar com essa história de que há nobreza em ser vítima. Ser vítima não define o caráter de uma pessoa. Ser opressor define, mas ser vítima não. Se o cara é opressor, o cara não presta, mas se o cara é vítima, isso não diz nada. Qualquer pessoa ou causa, boa ou má, pode estar sendo perseguida e tendo seus direitos cerceados. A tortura na América Latina foi um realidade, mas quanta gente naquela época aderiu ao Marxismo só por causa disso. Se é verdade o didato "Sangue de mártir é semente", é também verdade o ditado que "Para conhecer uma pessoa, dê poder a ela". Não foi nos porões da didatura que o Marxismo foi julgado, mas nos lugares onde ele assumiu o poder. É no poder que se julga o caráter de uma pessoa, não no sofrimento. É preciso não confundir "repúdio à opressão" com "adesão aos valores das vítimas". É detestável ver a condição de "vítima" ou de "perseguido" ser um instrumento pessoal ou de uma causa. Infelizmente, tem tanto disso por aí...Carlos Roberto Trannin.
Esse conceito de vítima e de clamor por justiça na verdade cria um rastro de ódio e rótulos: capitalistas reacionários, comunistas subversivos, ateus orgulhosos, religiosos ignorantes, palestinos terroristas, ocidentais infiéis, muçulmanos intolerantes... enfim, é uma gigantesca a lista de rótulos colocada sobre os infelizes cujo único crime foi pertencer a uma categoria visada. Se são opressores ou não, isso é outra história, mas...Estamos cansados desse papo de vítima. Até quando tentar ganhar uma causa com a história da perseguição? O valor de uma pessoa ou movimento deve ser avaliado em si mesmo, não porque ele é vítima. A simples vitimização de um movimento não é motivo para alguém simpatizar-se com ele. A maneira de lidar com pessoas ou movimentos que se colocam como vítimas, não é dar nosso apoio e simpatia incondicional (eu escrevi "incondicinal"). Apenas temos que acabar com essa história de que há nobreza em ser vítima. Ser vítima não define o caráter de uma pessoa. Ser opressor define, mas ser vítima não. Se o cara é opressor, o cara não presta, mas se o cara é vítima, isso não diz nada. Qualquer pessoa ou causa, boa ou má, pode estar sendo perseguida e tendo seus direitos cerceados. A tortura na América Latina foi um realidade, mas quanta gente naquela época aderiu ao Marxismo só por causa disso. Se é verdade o didato "Sangue de mártir é semente", é também verdade o ditado que "Para conhecer uma pessoa, dê poder a ela". Não foi nos porões da didatura que o Marxismo foi julgado, mas nos lugares onde ele assumiu o poder. É no poder que se julga o caráter de uma pessoa, não no sofrimento. É preciso não confundir "repúdio à opressão" com "adesão aos valores das vítimas". É detestável ver a condição de "vítima" ou de "perseguido" ser um instrumento pessoal ou de uma causa. Infelizmente, tem tanto disso por aí...Carlos Roberto Trannin.
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