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segunda-feira, 21 de maio de 2012

NEM TUDO O QUE O HOMEM PLANTAR, ELE COLHERÁ.

Fonto: Márcio Rosa, no Inquietações de um aprendiz, via Pavablog.


Tudo o que o homem plantar, isso também ceifará. Essa é uma lei difícil de contestar. Paulo, o apóstolo, asseverou isso e quase todas as expressões religiosas pregam algo semelhante. É a lei da semeadura.

Ouso questioná-la.

Essa lei não torna a vida uma caderneta de poupança, em que o poupador fica seguro de seu investimento e, certamente, vai poder resgatar o que depositou com juros e correção monetária. Não é algo matemático, exato. O mundo, a vida, não tem uma balança de precisão pela qual tudo o que se plantar, tudo o que se fizer, retornará de maneira inexorável.

A vida está mais para uma aplicação na bolsa de valores, onde há chances de ganhar muito, mas também o risco de perder tudo. Mesmo a caderneta de poupança, investimento sagrado, não resistiu ao desvario de um determinado presidente da república que se dizia caçador de marajás.


Todos estão sujeitos ao acaso, o que tira qualquer caráter exato da lei da semeadura. Como diz o Eclesiastes, “os velozes nem sempre vencem a corrida; os fortes nem sempre triunfam na guerra; os sábios nem sempre têm comida; os prudentes nem sempre são ricos; os instruídos nem sempre têm prestígio; pois o tempo e o acaso afetam a todos”.

Quem ensinou que a semeadura não tem resultado sempre certo foi Jesus. Ele contou a história de um homem que saiu a semear. Parte das sementes caiu à beira do caminho, chão duro, terra pisada, as sementes ficaram expostas e as aves do céu as comeram. Outra parte foi semeada em solo pedregoso, as plantas nasceram mas não conseguiram aprofundar suas raízes. Vindo o sol, secaram. Outra parte foi plantada em solo em que havia espinhos. As plantas nasceram mas foram sufocadas pelos espinhos. Uma última parte foi lançada em terra fértil. Nasceu, cresceu e produziu muito fruto.

Pelo ensinamento de Cristo, apenas um quarto das sementes deram algum resultado. Nem tudo o que foi plantado foi colhido. Quando se planta a colheita não é certa, porque há fatores que fogem ao controle do semeador. Se o solo não for bom, mesmo que a semente seja boa, não haverá boa colheita. Ainda que seja bom, pode haver problemas ambientais, muita ou pouca chuva, sol demais, geada, ervas daninhas, etc.

Há pessoas boas que plantam o bem, mas recebem da vida dores e agruras. Há aqueles que muito amam, mas recebem desprezo, indiferença e ódio. Há aqueles que muito ajudam, mas quando precisam, ficam desamparados. Plantaram, mas não colheram.


Ora, se é assim, pra que plantar? Para que continuar fazendo o bem? Porque é bom. Apenas isso. Por que continuar amando? Porque a recompensa de quem ama é amar. Por que continuar sendo solidário? Porque a recompensa é ter um coração solidário e compassivo.

Se a semente é boa, vale a pena continuar semeando. Lançar a semente é sempre um gesto esperançoso. Esperança de que o solo seja bom, de que a chuva virá, de que o sol não faltará, de que a praga não virá. Um gesto de fé, uma aposta.


Ainda que não haja frutos, as sementes do bem, do amor e da solidariedade serão sempre boas sementes. Continue espalhando-as. Em algum momento uma delas vai encontrar solo fértil e, então, haverá fruto e outros colherão da boa semente que você plantou.



sábado, 19 de maio de 2012

AFINAL, QUE É INTELIGÊNCIA?

Fonte: Issac Asimov, Pavablog

Quando eu estava no exército, fiz um teste de aptidão, solicitado a todos os soldados, e consegui 160 pontos.
A média era 100.
Ninguém na base tinha visto uma nota dessas e durante duas horas eu fui o assunto principal.
(Não significou nada – no dia seguinte eu ainda era um soldado raso da KP – Kitchen Police)
Durante toda minha vida consegui notas como essa, o que sempre me deu uma ideia de que eu era realmente muito inteligente. E eu imaginava que as outras pessoas também achavam isso.
Porém, na verdade, será que essas notas não significam apenas que eu sou muito bom para responder um tipo específico de perguntas acadêmicas, consideradas pertinentes pelas pessoas que formularam esses testes de inteligência, e que provavelmente têm uma habilidade intelectual parecida com a minha?
Por exemplo, eu conhecia um mecânico que jamais conseguiria passar em um teste desses, acho que não chegaria a fazer 80 pontos. Portanto, sempre me considerei muito mais inteligente que ele.
Mas, quando acontecia alguma coisa com o meu carro e eu precisava de alguém para dar um jeito rápido, era ele que eu procurava. Observava como ele investigava a situação enquanto fazia seus pronunciamentos sábios e profundos, como se fossem oráculos divinos.
No fim, ele sempre consertava meu carro.
Então imagine se esses testes de inteligência fossem preparados pelo meu mecânico.
Ou por um carpinteiro, ou um fazendeiro, ou qualquer outro que não fosse um acadêmico.
Em qualquer desses testes eu comprovaria minha total ignorância e estupidez. Na verdade, seria mesmo considerado um ignorante, um estúpido.
Em um mundo onde eu não pudesse me valer do meu treinamento acadêmico ou do meu talento com as palavras e tivesse que fazer algum trabalho com as minhas mãos ou desembaraçar alguma coisa complicada eu me daria muito mal.
A minha inteligência, portanto, não é algo absoluto mas sim algo imposto como tal, por uma pequena parcela da sociedade em que vivo.
Vamos considerar o meu mecânico, mais uma vez.
Ele adorava contar piadas.
Certa vez ele levantou sua cabeça por cima do capô do meu carro e me perguntou:
“Doutor, um surdo-mudo entrou numa loja de construção para comprar uns pregos. Ele colocou dois dedos no balcão como se estivesse segurando um prego invisível e com a outra mão, imitou umas marteladas. O balconista trouxe então um martelo. Ele balançou a cabeça de um lado para o outro negativamente e apontou para os dedos no balcão. Dessa vez o balconista trouxe vários pregos, ele escolheu o tamanho que queria e foi embora. O cliente seguinte era um cego. Ele queria comprar uma tesoura. Como o senhor acha que ele fez?”
Eu levantei minha mão e “cortei o ar” com dois dedos, como uma tesoura.
“Mas você é muito burro mesmo! Ele simplesmente abriu a boca e usou a voz para pedir”
Enquanto meu mecânico gargalhava, ele ainda falou:
“Tô fazendo essa pegadinha com todos os clientes hoje.”
“E muitos caíram?” perguntei esperançoso.
“Alguns. Mas com você eu tinha certeza absoluta que ia funcionar”.
“Ah é? Por quê?”
“Porque você tem muito estudo doutor, sabia que não seria muito esperto”
E algo dentro de mim dizia que ele tinha alguma razão nisso tudo.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Jeff DeGraff Speaking at General Electric: Part 3



What is Competing Values?


Competing Values is about understanding how to appreciate conflicting values and integrate them successfully so that the organization is open to collaboration and growth. Jeff DeGraff, the Dean of Innovation, has advocated ambidextrous leadership for more than twenty years through his teaching, consulting, and his three books about the Competing Values Framework (CVF). The goal is that leaders should become adroit at two conflicting values (DeGraff identifies a total of four competing values). We train leaders so that they develop the ability to oversee teams that work towards opposite goals, integrating them when the timing is right, so that each value can be developed successfully. The result is companies that are creative, while meeting high quality control standards, and that are open and collaborative, but also maintain their competitive edge.



domingo, 13 de maio de 2012

OKURUBITO - A PARTIDA

http://youtu.be/G2TQoUpR5Mc
É um filme japonês de 2008, de Yojiro Takita. Excelente! Um verdadeira obra prima do cinema, porque toca na essência do homem. Os temas que são abordados neste filme dentro da cultura japonesa são universais, diz respeito a todo ser humano, seja no Japão ou no Brasil. Tornei-me um admirador de Yojiro Takita.