Fonto: Márcio Rosa, no Inquietações de um aprendiz, via Pavablog.
Tudo o que o homem plantar, isso também ceifará. Essa é uma lei difícil de contestar. Paulo, o apóstolo, asseverou isso e quase todas as expressões religiosas pregam algo semelhante. É a lei da semeadura.
Ouso questioná-la.
Essa lei não torna a vida uma caderneta de poupança, em que o poupador fica seguro de seu investimento e, certamente, vai poder resgatar o que depositou com juros e correção monetária. Não é algo matemático, exato. O mundo, a vida, não tem uma balança de precisão pela qual tudo o que se plantar, tudo o que se fizer, retornará de maneira inexorável.
A vida está mais para uma aplicação na bolsa de valores, onde há chances de ganhar muito, mas também o risco de perder tudo. Mesmo a caderneta de poupança, investimento sagrado, não resistiu ao desvario de um determinado presidente da república que se dizia caçador de marajás.
Todos estão sujeitos ao acaso, o que tira qualquer caráter exato da lei da semeadura. Como diz o Eclesiastes, “os velozes nem sempre vencem a corrida; os fortes nem sempre triunfam na guerra; os sábios nem sempre têm comida; os prudentes nem sempre são ricos; os instruídos nem sempre têm prestígio; pois o tempo e o acaso afetam a todos”.
Quem ensinou que a semeadura não tem resultado sempre certo foi Jesus. Ele contou a história de um homem que saiu a semear. Parte das sementes caiu à beira do caminho, chão duro, terra pisada, as sementes ficaram expostas e as aves do céu as comeram. Outra parte foi semeada em solo pedregoso, as plantas nasceram mas não conseguiram aprofundar suas raízes. Vindo o sol, secaram. Outra parte foi plantada em solo em que havia espinhos. As plantas nasceram mas foram sufocadas pelos espinhos. Uma última parte foi lançada em terra fértil. Nasceu, cresceu e produziu muito fruto.
Pelo ensinamento de Cristo, apenas um quarto das sementes deram algum resultado. Nem tudo o que foi plantado foi colhido. Quando se planta a colheita não é certa, porque há fatores que fogem ao controle do semeador. Se o solo não for bom, mesmo que a semente seja boa, não haverá boa colheita. Ainda que seja bom, pode haver problemas ambientais, muita ou pouca chuva, sol demais, geada, ervas daninhas, etc.
Há pessoas boas que plantam o bem, mas recebem da vida dores e agruras. Há aqueles que muito amam, mas recebem desprezo, indiferença e ódio. Há aqueles que muito ajudam, mas quando precisam, ficam desamparados. Plantaram, mas não colheram.
Ora, se é assim, pra que plantar? Para que continuar fazendo o bem? Porque é bom. Apenas isso. Por que continuar amando? Porque a recompensa de quem ama é amar. Por que continuar sendo solidário? Porque a recompensa é ter um coração solidário e compassivo.
Se a semente é boa, vale a pena continuar semeando. Lançar a semente é sempre um gesto esperançoso. Esperança de que o solo seja bom, de que a chuva virá, de que o sol não faltará, de que a praga não virá. Um gesto de fé, uma aposta.
Ainda que não haja frutos, as sementes do bem, do amor e da solidariedade serão sempre boas sementes. Continue espalhando-as. Em algum momento uma delas vai encontrar solo fértil e, então, haverá fruto e outros colherão da boa semente que você plantou.
Tudo o que o homem plantar, isso também ceifará. Essa é uma lei difícil de contestar. Paulo, o apóstolo, asseverou isso e quase todas as expressões religiosas pregam algo semelhante. É a lei da semeadura.
Ouso questioná-la.
Essa lei não torna a vida uma caderneta de poupança, em que o poupador fica seguro de seu investimento e, certamente, vai poder resgatar o que depositou com juros e correção monetária. Não é algo matemático, exato. O mundo, a vida, não tem uma balança de precisão pela qual tudo o que se plantar, tudo o que se fizer, retornará de maneira inexorável.
A vida está mais para uma aplicação na bolsa de valores, onde há chances de ganhar muito, mas também o risco de perder tudo. Mesmo a caderneta de poupança, investimento sagrado, não resistiu ao desvario de um determinado presidente da república que se dizia caçador de marajás.
Todos estão sujeitos ao acaso, o que tira qualquer caráter exato da lei da semeadura. Como diz o Eclesiastes, “os velozes nem sempre vencem a corrida; os fortes nem sempre triunfam na guerra; os sábios nem sempre têm comida; os prudentes nem sempre são ricos; os instruídos nem sempre têm prestígio; pois o tempo e o acaso afetam a todos”.
Quem ensinou que a semeadura não tem resultado sempre certo foi Jesus. Ele contou a história de um homem que saiu a semear. Parte das sementes caiu à beira do caminho, chão duro, terra pisada, as sementes ficaram expostas e as aves do céu as comeram. Outra parte foi semeada em solo pedregoso, as plantas nasceram mas não conseguiram aprofundar suas raízes. Vindo o sol, secaram. Outra parte foi plantada em solo em que havia espinhos. As plantas nasceram mas foram sufocadas pelos espinhos. Uma última parte foi lançada em terra fértil. Nasceu, cresceu e produziu muito fruto.
Pelo ensinamento de Cristo, apenas um quarto das sementes deram algum resultado. Nem tudo o que foi plantado foi colhido. Quando se planta a colheita não é certa, porque há fatores que fogem ao controle do semeador. Se o solo não for bom, mesmo que a semente seja boa, não haverá boa colheita. Ainda que seja bom, pode haver problemas ambientais, muita ou pouca chuva, sol demais, geada, ervas daninhas, etc.
Há pessoas boas que plantam o bem, mas recebem da vida dores e agruras. Há aqueles que muito amam, mas recebem desprezo, indiferença e ódio. Há aqueles que muito ajudam, mas quando precisam, ficam desamparados. Plantaram, mas não colheram.
Ora, se é assim, pra que plantar? Para que continuar fazendo o bem? Porque é bom. Apenas isso. Por que continuar amando? Porque a recompensa de quem ama é amar. Por que continuar sendo solidário? Porque a recompensa é ter um coração solidário e compassivo.
Se a semente é boa, vale a pena continuar semeando. Lançar a semente é sempre um gesto esperançoso. Esperança de que o solo seja bom, de que a chuva virá, de que o sol não faltará, de que a praga não virá. Um gesto de fé, uma aposta.
Ainda que não haja frutos, as sementes do bem, do amor e da solidariedade serão sempre boas sementes. Continue espalhando-as. Em algum momento uma delas vai encontrar solo fértil e, então, haverá fruto e outros colherão da boa semente que você plantou.